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deixo-vos com um resumo de TODOS os livros da Margarida Rebelo Pinto (esse atentado à literatura essa grande escritora - cof, cof, perdão, engasgei-me com o caroço da maçã) que, basicamente, são sempre a mesma coisa:
Então, salvo raras excepções que com certeza existirão, a história é sempre sobre uma mulher na casa dos 30, solteira, loira, alta, esguia e, segundo o que a Guida escreve, toda boa. Eu por acaso acho que essa personagem é baseada na ideia equivocada e distorcida que a Margarida tem de si própria, mas pronto...
Essa personagem encontra sempre um rapazito mais novo, normalmente com 25 anos, e apaixonam-se perdidamente. Começam a namorar e ela escreve coisas muito sentimentais sobre ele, fazem o amor a torto e a direito, ele vai dormir lá a casa uma data de vezes e é sempre louco por ela, porque ela é toda boa, como anteriormente descrito, e nunca se viu mulher tão linda ao cimo da terra (cof, cof - ai o raio do caroço, sempre a engasgar-me!).
A relação deles correria às mil maravilhas, se não fossem as amigas dela (entre os 35 e os 45 anos), que não aceitam esse romance e geralmente a aconselham a comprar vibradores. Ah, e depois há sempre uma amiga que é uma profissional do sexo voluntária, porque anda sempre a sair à noite para, falando bem e depressa, ir aos gajos, mas depois não lhes leva dinheiro. Por isso é que é voluntária. Essa é sempre a xica-esperta da história, que acha que é m'ta má, que os come a todos e os deixa a chorar no dia seguinte porque não lhes telefonou (como se houvesse algum homem que chorasse porque a tipa que conheceram na noite e com quem dormiram teve a gentileza de não lhes chatear mais a pinhoca). É a maior, esta amiga.
A história passa-se sempre em Lisboa e há sempre um encontro qualquer no bairro alto, geralmente quando o tipo de 25 anos (que era bom como o milho e tinha as boazudas todas atrás dele mas só tinha olhos para a trintona) decide pôr-lhe a corneta na testa. Então ela, no auge da sua depressão, começa a sair com um gajo qualquer que usa gravata e que no início da história não suportava, e vão sempre para o bairro alto. E acabam a fazer o amor, também.
É nessa altura, em que é encornada e percebe que já não tem 20 anos, que entra em depressão e se torna numa daquelas mulheres que eu digo sempre para as minhas meninas (que é como quem diz "as minhas leitoras") evitarem ser: uma gaja que depende de um homem para ser feliz e que prefere andar a chafurdar na lama e tê-lo com ela, mesmo que ande com outras de vez em quando, a não o ter de todo.
Esqueci-me de referir que há sempre um ex-marido que, ou está nos finais dos 30 ou nos inícios dos 40 e, basicamente, é um cabrãozinho que a magoou muito. Nalguns livros, para além de ser um cabrãozinho e de a ter magoado, também lhe faz um(a) filho(a) e troca-a por outra.
É importante destacar as palavras mais utilizadas nos livros da Guida: "m*rda", "car*lho" e "p*ta", só que sem asteriscos. Digamos que aparecem numa média de sete vezes por página.
No final, ela acaba sempre solteira, deprimida e frustrada.
FIM.
Pronto, agora escusam de se dar ao trabalho de ler os livros ou sequer de gastar dinheiro nisso.
Quem é amiguinha, quem é?