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A minha afilhada de curso anda tão entusiasmada com a vida académica como eu estava há coisa de um ano, daí que tenha tido especial interesse em tê-la como minha caloira. Desde que veio para Coimbra, não faz outra vida senão perguntar-me quando é que pode pedir-me oficialmente para ser madrinha dela. Ontem, a meio de um café, disse-lhe que já o podia fazer, uma vez que já se encontra matriculada.
Ela entrou logo em erupção e, toda entusiasmada, pegou-me na mão e pediu-me para ser madrinha de curso dela. Respondi-lhe que pensaria no assunto depois de ela me entregar um requerimento por escrito com o pedido, o qual eu iria avaliar, sendo que tinha 24h para o fazer e, por cada cinco minutos de atraso, teria que beber um fino de penalty.
Eis que o requerimento acabou de chegar e eu achei-o demasiado maravilhoso para não ser partilhado, portanto achei que seria bonito os meus leitores testemunharem o apadrinhamento (ou amadrinhamento) oficial:
Senhora Doutora Quadrada,
Eu, Joana Filipa Nogueira Vasco, nascida no dia 7 de Janeiro de 1993, com estado civil solteira, com nacionalidade portuguesa, natural de Nazaré, filha de Carlos Alberto de Jesus Vasco e Ana Rosa Silva Correia Ramos Nogueira, com a profissão de Estudante da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, venho requerer a Vossa Excelência Doutora Quadrada que se digne a ser minha Madrinha de Curso, pelas seguintes razões que passarei a citar:
Poderia estar a citar muitas mais razões para ser minha Madrinha de curso, mas sinto que também sabe que também tem várias razões para me querer como sua afilhada, e não querendo fazer disto um discurso altamente persuasivo e quase político, despeço-me com o seguinte desabafo, e com a promessa de que serem uma afilhada exemplar:
SÊ MINHA MADRINHA DE CURSO, DOUTORA JOANA!!! SIM??
Coimbra, 22 de Setembro de 2011,
Pelas 17 horas e 21 minutos,
Joana Nogueira
Após este maravilhoso discurso, prontifico-me a responder da seguinte forma:
Excelentíssima Besta Joana Nogueira,
Foi com muito orgulho e alegria que recebi o seu requerimento, dado que há muito desejava ter a honra de ser sua Madrinha. Assim como é agora caloira, também eu já o fui com muito orgulho e respeito ao traje, que é o que vejo em si. Isso agrada-me, porque a academia é para ser respeitada e é agradável saber que esta vasta família de praxe poderá ser continuada com pessoas como a caloira Joana.
Não foi necessário pensar muito após ler o seu requerimento, bem como não seria caso não o tivesse lido, uma vez que já estava mais que decidido que iria ser a sua muito orgulhosa Madrinha (coisa que provavelmente já terá reparado, dado que a apresento aos demais doutores como "a minha caloira").
Como tal, após a exposição dos vários motivos que me levam a ter quase obrigatoriamente que a aceitar como minha afilhada, declaro-me extremamente contente por ver que a caloira sabe tanto sobre mim, bem como pelo facto de termos os mais variados pontos em comum e, como tal, despeço-me também com o seguinte desabafo:
CLARO QUE ACEITO, CARAGO!
Com todo o orgulho, a sua Madrinha
Joana Rosa