por Quadrada, Quarta-feira, 22.08.12
- A fase da luz. Aquele momento em que passamos a fazer tudo e mais alguma coisa de luz acesa, sujeitos a toda e qualquer imperfeição que daí possa advir.
- A fase do andar. Consiste em sairmos da cama nus, andarmos pela casa nus, etc etc, sempre nus. Coisa que implica expôr o nosso corpo num cenário não-sexual, o que pode envolver a percepção de certos detalhes menos agradáveis da nossa anatomia por parte do outro.
- A fase do ralhete. Quando já não é humilhante levar um ralhete de alguém à frente daquela pessoa.
- A fase do xixi. É relativamente fácil de passar. Trata-se de quando já conseguimos fazer xixi à frente um do outro (e, embora à primeira vista não pareça, é mais difícil para os homens passarem por essa fase, porque quando eles fazem xixi é uma coisa muito mais explícita e visível do que quando somos nós).
- A fase da cera. Quando não há problema nenhum quando eles assistem à nossa depilação ao buço.
- A fase dos pêlos. Quando nós, mulheres, já conseguimos perfeitamente estar confortáveis com os nossos homens, mesmo quando parecemos um macaco. E isso inclui esticar as pernas não depiladas para cima do colo deles quando estamos de calções.
- A fase do período. Trata-se de quando tudo o que tem a ver com a nossa menstruação deixa de ser um problema ou uma coisa a esconder, e passamos a conseguir falar das nossas cólicas menstruais ou trocar um tampão/penso higiénico à frente dele.
- A fase do sono. Dormir com alguém é uma coisa muito bonita, mas implica algum à-vontade. Afinal de contas, é quando dormimos que deixamos de ter controlo no que toca aos barulhos que fazemos (gases e ressonar incluídos) e que já não parecemos tão perfeitos. Coisas como dormir de boca aberta, ressonar, só conseguir dormir com determinado objecto, mexermo-nos muito, etc., são pormenores que só conseguimos mostrar quando estamos realmente confortáveis com a outra pessoa.
- A fase do cócó. Esta é uma barreira que pode levar anos a ultrapassar. É como a do xixi, mas muda o que se faz, obviamente.
- A fase do papel higiénico. "Amoooor, traz-me papel higiénico!" é uma frase que nem todos têm à-vontade suficiente para proferir. Tal como nem todos têm à-vontade (ou coragem, vá) suficiente para efectivamente ir lá levar papel higiénico.
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