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A Passagem de Ano já lá vai e estes posts cliché também...por isso é que decidi escrevê-lo só agora (precisamente para não ser cliché). A verdade é que 2012 não foi um ano muito simpático para mim. No entanto, foi com toda a certeza um ano crucial e de extrema importância para o decorrer da minha vida.
Como devem ter reparado (aliás, suponho que alguns de vocês ainda estejam meio confusos com isso), fui uma das muitas pessoas que terminaram relações longas em 2012. Isso foi uma coisa repentina e muito dolorosa para mim, por causa de toda a desilusão e surpresa que envolveu, além da parte de me ter separado de alguém de quem gostei muito e com quem partilhei alguns anos. No entanto (e sei que isto pode soar um bocadinho mal), todos os dias dou graças a Deus por tudo ter acontecido assim. Ainda bem que sufoquei de tanto chorar, ainda bem que passei noites em claro, ainda bem que sofri tanto, ainda bem que soube, que vi e que ouvi tantas coisas...ainda bem. Porque a verdade é que foi exactamente por causa disso que aconteceu o melhor de 2012:
1) Criei um grupo de amigos com quem mantenho laços muito fortes e pude cultivar mais e melhor as minhas amizades. É muito reconfortante saber que os tenho sempre ali, que eles me ouvem e compreendem, que me ajudam no que precisar e que fazem o que for preciso para me ver feliz. Isso sim, são amigos.
2) Vivi não só o melhor de Coimbra, como também o melhor de ser jovem. E isso é tão, mas tãããooo bom. É fantástico lembrar-me de todas as loucuras que fiz, todas as coisas que experimentei fazer; de ver o sol nascer; de ir tomar o pequeno almoço à pastelaria às oito da manhã acabadinha de chegar de uma noitada; de todos os sítios marados onde adormeci; das danças, de acordar ao som de Aretha Franklin, de comer alheira às 6 da manhã, de me apaixonar, de me desapaixonar, de conhecer coisas e pessoas, de sair só para um cafézinho e acabar numa festa africana às quatro da manhã, de entrar no Theatrix à pala pelo simples facto de ter "um sorriso tão lindo", de aprender a dançar kizomba com angolanos de gema, de rir às gargalhas, e ficarmos todos caladinhos para ouvir um solo de guitarra...enfim, toda uma panóplia de emoções, sensações, descobertas...todo um conjunto e novas coisas e novas pessoas que, trazendo coisas boas ou dores de cabeça, vieram sem dúvida colorir a minha história.
3) Percebi o meu valor, e isso é muito importante. Dei-me conta que sou forte e decidida e que, quando decido realmente uma coisa, consigo levá-la até ao fim. Percebi que mereço ser feliz, mas que tenho que ser eu a procurar essa felicidade, sabendo sempre que jamais andamos para a frente enquanto não largarmos o que nos puxa para trás.
4) Tive realizações fantásticas no ramo musical. Nesse aspecto, 2012 foi um excelente ano e não me posso mesmo queixar. Ainda bem.
5) E por último, mas não menos importante, reapareceu o meu Princípezinho que eu tanto adoro e que veio encher de cor o meu mundo cinzento. Com ele vieram os risos, os sorrisos, os mimos, os abraços, as manifestações espontâneas e sinceras, o carinho, o cuidado, o afecto. Claro que muitos campos da minha vida sofreram alterações e tive que acalmar um bocado o speed, mas a verdade é que não sinto falta nenhuma disso. Continuo a sair, a divertir-me, a estar com os meus amigos quando quero, e ele respeita muito o meu espaço. Aliás, ele respeita-me no geral e isso é uma dádiva. Adoro quando ele me abraça de repente, quando o apanho a olhar para mim montes de tempo, quando me chama só para me dizer que me acha linda...todas essas coisas, por muito pequenas que pareçam aos olhos ele, significam o mundo para mim. São elas que me mostram que tudo o que passei valeu a pena, e a verdade é que se foi preciso todo aquele tormento para receber um tesouro deste tamanho, então passava por tudo mais uma vez se assim tivesse que ser.