Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]



Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.



As mulheres e o striptease

por Quadrada, Sexta-feira, 08.03.13

Nunca percebi muito bem esta relação estabelecida quase automaticamente entre o Dia da Mulher e o striptease. Não entendo porque é que o gajedo acha todo que a forma ideal de festejar este dia é irem enfrascar-se com as amigas para um restaurante qualquer e acabar a noite a gritar "Woo hoo!!" para um tipo mais depilado que elas que ainda por cima usa uma tanga.

É claro que cada um é como cada qual e eu não sou ninguém para estar aqui a dizer como se deve festejar o Dia da Mulher, ou sequer que se deve festejar. O que vou fazer é, muito simplesmente, ir jantar fora com a minha mãe enquanto o Príncipe fica em minha casa a jantar com os meus irmãos e o meu pai (sim, porque eles também organizaram um jantar do Dia da Mulher, só que com homens -.-), e depois provavelmente vou dar uma voltita com ele porque não há melhor maneira de festejar seja que dia for senão com o jeitoso do estaminé agarradinho a mim. E, muito sinceramente, acho que me vou divertir muito mais assim do que se estivesse sentada numa cadeira ao lado de um monte de quarentonas com as hormonas todas aos saltos por verem um gajo qualquer com ar de Cristiano Ronaldo (só que talvez um bocado mais piroso) a dançar de forma, a meu ver, muito pouco masculina e cheio de óleo pelo peitoral abaixo.

Não que tenha alguma coisa contra strippers ou contra quem gosta de ir lá dar uma espreitadela, mas a verdade é que aquilo é pouco ou nada apelativo. A malta que vai lá fica toda arressabiada quando eles entram a rebolar como se fosse a coisa mais sensual do mundo, mas a verdade é que se chegarem a casa e os maridos ou namorados estiverem de tanga amarela no hall de entrada a dançar o Rebolation de peitaça esfregada em óleo e óculo de sol à aviador, já acham ridículo e abominam a ideia. Mas a verdade é que se estivesse ali o Michel, o Carlão ou o Patrice da casa de strip ali da esquina, que mais azeiteiros não podiam ser, já lhes parece a coisa mais sexy do Universo!

Por isso é que me enerva a hipocrisia. Se eu chegasse a casa e o meu namorado estivesse de tanga a fazer a dança do créu pelos corredores todo embebido em óleo, eu inscrevia-o nos Alcoólicos Anónimos e mandava-o parar de vestir a minha roupa interior porque não o favorece. Mas se fosse o Michel, o Carlão ou o Patrice, achava igualmente pavoroso! Logo, não vou pagar não sei quantas massas para os ver. Até porque se quisermos ver rabos, não me parece que seja preciso gastar dinheiro.

E podia ter estado aqui a descacar nos homens, que eles também têm muito esta mania das strippers nas despedidas de solteiro, mas isso já é material para outra história porque hoje é Dia da Mulher e eu já me enervei com os posts no Facebook das mães e tias das minhas amigas já todas cegas a dizer que vão ver os Michéis, os Carlões e os Patrices a abanar as nádegas como se isso fosse uma coisa bonita de se ver.

Autoria e outros dados (tags, etc)

9 comentários

De Quadrada a 08.03.2013 às 16:35

Ó Fábio, eu acho que entendeste mal a essência deste post...eu não abomino nem o striptease nem os strippers nem quem os contrata. Nunca fui ver porque não calhou e porque sinceramente nunca me despertou interesse, mas não acho que se deva classificar isso como "certas e determinadas coisas", em tom de algo digno de julgar ou de reprimir. A única coisa que eu não percebo é a necessidade de festejar o dia da mulher e também despedidas de solteiro através disso, mas não abomino o assunto.

De Fábio Raposo a 08.03.2013 às 17:46

Eu também não estou a julgar ninguém, apenas utilizei essa expressão porque isso é uma determinada coisa, assim como tudo, nada mais :)
Cada um/uma sabe de si e faz o que bem entende.

Comentar post